Resumo em Português
Os Países Baixos pode ser um país pequeno, porém há muita dança por aqui. E não somente nos teatros: nas praias do país, nos castelos, em coberturas de prédios e em igrejas, onde quer que você procure, poderá achar apresentações de dança moderna. Durante os festivais, é comum ver os transeuntes topar por acidente com as performances de dança, por exemplo, quando saem de compras, ou vão para as estações de trem. Os dançarinos já não hesitam ao pensar em alegres campanhas públicas de guerrilha desenhadas para levar a atenção do público para a penetração artística dos movimentos coreografados. As companhias de dança – grandes e pequenas – podem com freqüência ser vistas nos teatros e outros lugares. A quantidade vem aumentando consistentemente desde os anos 70 e 80, quando uma enorme onda de dança holandesa e flamenga dominava os cenários. Naquele tempo, coreógrafos como Hans van Manen, Jirí Kylián, Rudi van Dantzig, Toer van Schayk, Krisztina de Châtel e Ed Wubbe eram responsáveis por inúmeras peças de dança, muitas das quais ainda fazem parte dos repertórios na atualidade. Coreógrafos flamengos como Jan Fabre, Wim Vandekeybus e Anne Teresa de Keersmaeker, seguidos por Alain Platel, teriam uma grande influência. Na vizinha Alemanha, Pina Bausch e William Forsythe concentravam atenção. Todos esses artistas trouxeram inovações que, em muitas formas e por meio de muitos imitadores, refletiram-se na dança e no teatro. Há, por exemplo, coreógrafos que começaram como dançarinos com Jan Fabre (Emio Greco, por exemplo) ou que descobriram a improvisação com William Forsythe (como Michael Schumacher). Em adição, há um forte movimento holandês de dança conceitual, a escola na qual os coreógrafos questionam perpetuamente os princípios regentes da dança.
Muitos compositores de dança vêm de reconhecidos programas profissionais de estudo dos Países Baixos. Nanine Linning é possivelmente o mais admirável exemplo de talento local. Esta talentosa e jovem coreógrafa apenas completara seus estudos na Rotterdam Dance Academy quando foi tomada pela Scapino Ballet Rotterdam como a mais jovem coreógrafa residente na história da companhia, e é hoje a diretora artística da companhia de dança do teatro Osnabrück. Além de apresentar uma paisagem ricamente variada em relação à dança, os Países Baixos também apresenta um grande número de programas de estudo de alta qualidade, com uma grande diversidade de estilos, que atraem muitos estudantes internacionais. A Rotterdam Dance Academy, o Royal Conservatoire em Haia, a National Ballet Academy e, por exemplo, os muitos programas especializados de dança oferecidos pela escola de teatro em Amsterdam, ganharam boa reputação muito além dos Países Baixos. A SNDO (School for New Dance Developments) atrai estudantes de todo o mundo que querem ser treinados na dança conceitual.
Os seminários e as casas de produção de dança, tais como o Korzo Theater em Dansmakers Amsterdam, complementam as academias, palcos e festivais. Aqui, os jovens coreógrafos têm a possibilidade de desenvolver sua própria voz e linguagem sob supervisão. Suas produções precoces podem chegar a públicos aventureiros em uma pequena rede de teatros.