Resumo em Português
Na primeira década do século XXI, a indústria de cinema holandesa transformou-se em um pequeno, porém bem organizado setor. Cada ano, cerca de 30 longas-metragens chegam às telas dos cinemas. Uma vez que a região de língua holandesa, com dezesseis milhões de habitantes nos Países Baixos, é relativamente pequena para o meio massivo dos filmes, quase todas as produções cinematográficas são subsidiadas e esses subsídios são mormente alocados pela Dutch Film Fund. Segundo as vendas de ingressos e a cobertura mediática, nos últimos anos o cinema público teve um florescimento semelhante ao que teve na década de 1970, quando o diretor Paul Verhoeven, o produtor Rob Houwer e os atores Jeroen Krabbé, Rutger Hauer e Monique van de Ven introduziram uma cultura estelar de estilo estadunidense. Entre 2000 e 2010, o cinema holandês teve sucesso em alcançar uma participação de mercado média de mais de dez por cento, particularmente notável em um período no qual Hollywood lançou um recorde de bilheteria após outro, com mega-produções como O senhor dos anéis, Harry Potter, Piratas do Caribe e Avatar.
Um importante papel na regeneração do filme holandês está sendo desempenhado pelo produtor e diretor Johan Nijenhuis, que teve sucesso atraindo uma nova geração de jovens aos cinemas, com filmes como Costa! e Full Moon Party. Steven de Jong faz filmes para audiências ainda mais novas e, como Nijenhuis, vem do mundo das telenovelas e foi muito difamado por críticos sérios de cinema. As ambientações regionais dos filmes de De Jong, como Schippers van de Kameleon e De hel van ’63, atraem audiências principalmente de fora das grandes cidades dos Países Baixos.