Resumo em Português

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A moda holandesa comunica um lado extremo da cultura holandesa, uma grandemente inesperada explosão de cores, tecidos, designs e formas exuberantes. Isto contrasta fortemente com a imagem moderada do país retratada nas pinturas da Idade de Ouro dos Países Baixos: de damas sóbrias e senhores vestidos em preto e branco. Todavia, esta sobriedade também é um aspecto da moda holandesa. Neste sentido, pode se estabelecer um paralelismo entre os aspectos do design de interiores, da Droog Design ao estúdio Tord Boontje, designs de jogos e vídeo-arte, teatro (incluindo teatro musical), fotografia e pintura contemporânea holandesa. Em cada caso, o elemento de sobriedade é diametralmente oposto à explosão de imagens tingidas com surrealismo. Evidentemente, há muita coisa se cozinhando por baixo da superfície plana da região dos Países Baixos.

Em vez de ter uma indústria da moda com um grande número de designers cujas peças estão à venda em todo o mundo, como acontece na Bélgica, a contribuição dos Países Baixos para a moda internacional abrange, por um lado, a produção em massa de roupa simples e usável e, por outro, designs registrados que fornecem uma fonte de inspiração para estilistas e designers de todo o mundo. O efeito dos extraordinariamente teatrais shows de moda de Viktor & Rolf, com seu vasto leque de contribuições holandesas, desde música a desenho gráfico, é prova de que os holandeses são bons na superação de fronteiras. Os Países Baixos produz um grande número de estilistas, fotógrafos, vendedores e empreendedores criativos, que ocupam posições-chave na moda internacional. De Robert Polet, CEO do grupo Gucci, a Wilbert Das, que até 2009 foi o designer chefe da marca de jeans Diesel, os holandeses continuam deixando sua marca no mundo da moda. Um dueto extraordinário neste contexto é a parceria fotográfica entre Inez van Lamsweerde e Vinoodh Matadin. Desde 1995, eles operam com sucesso na sua base, em Nova Iorque, com trabalhos freqüentes para a Vogue e para o New York Times, e são responsáveis pela imagem de grandes marcas de moda e luxo, como Louis Vuitton. Algumas modelos holandesas, como Doutzen Kroes de Friesland, são a cara visível de casas internacionais de moda e cosméticos, como a Calvin Klein e a L’Oréal.